Guavira domina o verão na fronteira e vira febre nas ruas e estradas

A guavira chega anunciando o verão na fronteira como quem não pede licença: explode em perfume, invade as calçadas e toma conta das estradas.

De repente, brotam bancas improvisadas, baldes e baldinhos amarelando o caminho — e a sensação é de que todo mundo está atrás da mesma coisa: aquele saborzinho selvagem do cerrado.

Você sabe qual é o sabor da guavira?

A dona da banca, uma brasiguaia sorridente que já conhece de longe quem gosta de fruta boa, diz sem rodeios:

— “Guavira geladinha é uma delícia de chupar… é super docinho!”

E dá uma piscada. Depois emenda, animada, que a frutinha é tão versátil que vira suco, mousse e até licor.

Mas quando perguntam a receita favorita, ela abre um sorriso ainda maior e solta uma gargalhada gostosa:

— “Eu gosto é de colocar na pinga!”

E ri como quem entrega um segredo que todo mundo já sabe.

Enquanto isso, os vendedores não dão conta do movimento. Balde vai, balde vem, e as guaviras desaparecem num ritmo que parece coreografia de mercado de verão. É um entra-e-sai de gente com sacolas cheias e olhos brilhando, porque quem prova uma vez já sai pensando na próxima.

A verdade é simples: a guavira é a cara do verão na fronteira. Tem sabor de terra quente, de vento bom, de surpresa doce no meio do caminho. É fruta que deixa a gente com vontade de voltar.

E, convenhamos… com aquele gostinho, não tem como não querer comer mais.