Expressões que só quem vive em Ponta Porã e Pedro Juan entende
- José Alcântara
- 2 de set.
- 2 min de leitura
Morar na fronteira é viver em um mundo próprio, cheio de gírias, misturas de português e espanhol, e jeitinhos que só fazem sentido aqui. Olha só algumas expressões que só quem é da linha internacional entende:

1. “Vamos tomar um tereré?”
Não é só convite, é quase uma declaração de amizade. Quem recusa, logo desconfia-se que não é da fronteira.
2. “Vou ali no Paraguai e já volto.”
Dito com a mesma naturalidade de quem vai na padaria. Atravessar países aqui é coisa de rotina.
3. “Guerra d’água”
Não é exatamente expressão, mas tradição que fala por si. No Carnaval, a Avenida Internacional vira campo de batalha de balões d’água. Brasileiros e paraguaios se divertem juntos, refrescando a folia com união.
4. “Quanto tá em real/guarani?” ou “Quanto tá o câmbio hoje?”
Antes de qualquer compra, essa pergunta é obrigatória. Na fronteira, a cotação do dia faz parte da vida tanto quanto o tereré.
5. “Tranquilopa”
Significa “tudo tranquilo / tudo certo”. Muito usada pelos jovens paraguaios e já incorporada por brasileiros da fronteira.
6. “Che hermano”
Forma carinhosa de chamar o amigo: “meu irmão”. É identidade afetiva na roda de conversa.
7. “Já cobraste tu sueldo?”
Pergunta cotidiana que mistura português e espanhol: “Já recebeu o salário?”.
8. “Fica lá na linha”
A “linha” é a Avenida Internacional. Expressão usada para marcar encontros ou dar referência.
9. “Precisa de receta?”
Pergunta clássica em Pedro Juan. Nas farmácias, a dúvida é sempre: será que precisa de receita ou não?
Essas são algumas expressões que fazem parte do nosso dia a dia na fronteira.
E você? Qual será que a gente esqueceu? Qual não pode faltar na segunda edição dessa lista?



Comentários